Hesitei se haveria de colocar uma alusão ao passado desportivo neste meu perfil. Com efeito, à primeira vista, nada terá a ver ou influenciado o meu percurso médico. Mas, de facto influenciou. Sabemos que para se ser um bom médico não é necessário ter-se sido um bom doente. Assim como um médico de Medicina do Desporto não terá que ter sido um bom desportista. Mas em muitas circunstâncias ajuda. O treino desportivo de alto rendimento permite-nos experiências insubstituíveis. A prática de atividade desportiva de competição, para o melhor e para o pior, comporta uma tal exigência e um conhecimento dos limites do nosso corpo que, se corretamente interpretada numa base técnica e científica, permite evoluir, consolidando o que de correto se fez e alterando e reformulando o que de errado e pernicioso para a saúde o desporto de competição comporta. Quem foi e quem é desportista de competição sabe do que falo. Uma intervenção especializada é fundamental junto dos desportistas, dos treinadores, dos pais e também dos praticantes de atividade física que procuram por esta via uma melhoria da saúde e da condição física.
Como nadador de competição representei Portugal em Jogos Olímpicos, Campeonatos Europeus e Mundiais, estabeleci cerca de cento e cinquenta recordes nacionais e fui considerado dos melhores atletas portugueses da minha geração.